
Em um cenário tenso entre Estados Unidos e Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou preocupação em Brasília, nesta quinta-feira (18), sobre a possibilidade de um conflito militar. Ele afirmou que buscará falar com o presidente dos EUA, Donald Trump, até a próxima semana, visando encontrar uma solução pacífica.
Atualmente, tropas norte-americanas estão posicionadas nas proximidades do Mar do Caribe, perto da fronteira venezuelana, sob justificativa de combater o narcotráfico. Lula destacou a importância do Brasil em contribuir para um acordo que evite a guerra, reafirmando seu compromisso em dialogar diretamente com Trump.
Durante um café da manhã com jornalistas, Lula questionou as verdadeiras intenções dos Estados Unidos em relação à Venezuela, suspeitando que haja mais por trás do desejo de destituir o presidente Nicolás Maduro.
Ele ressaltou sua inquietação com os interesses ocultos que possam estar motivando a escalada militar.
Além disso, Lula revelou conversas recentes que teve tanto com Trump quanto com Maduro, destacando a oferta do Brasil para intermediar o diálogo e evitar qualquer confronto na região.
A contínua taxação de 40% por parte dos EUA sobre exportações brasileiras foi outro ponto abordado por Lula. Apesar de algumas reduções nas tarifas, 22% das exportações continuam afetadas, conforme relatado em recentes negociações com a administração de Trump.
Lula afirmou a legitimidade dos EUA em definir taxas, mas criticou o que classifica como falsos motivos apresentados para tal medida.
O presidente brasileiro destacou que as tratativas continuam sob a coordenação do vice-presidente Geraldo Alckmin, junto com os ministros Fernando Haddad e Mauro Vieira, mas enfatizou seu envolvimento direto ao manter comunicações regulares com Trump.
Para expressar sua determinação, ele mencionou que envia mensagens frequentes aos EUA para assegurar soluções que favoreçam o Brasil, reconhecendo a importância de uma atuação diligente neste processo.